Avaliação das emissões de co2 na etapa de transporte do etanol: aplicação de um modelo de otimização
DOI:
https://doi.org/10.14295/transportes.v28i1.1856Palavras-chave:
Planejamento de transportes, Logística, Pesquisa operacional, Biocombustíveis.Resumo
Recentemente foi lançado pelo governo brasileiro o programa Renovabio, visando ampliar a participação do etanol na demanda por combustíveis para veículos leves e contribuir para o cumprimento das metas de redução de emissão de gases causadores do efeito estufa (GEE) firmadas no Acordo de Paris. O sucesso desse projeto pode ser favorecido por um sistema dutoviário que está sendo implantado e deve proporcionar uma alternativa logística de menor custo e com baixíssima emissão de GEE. Tendo em vista esse contexto, esse artigo propõe o desenvolvimento de um modelo de programação linear para otimizar os fluxos de transporte de etanol com o objetivo de mensurar as emissões de CO2 geradas pelas operações de transporte de etanol, assim como, para avaliar o impacto decorrente da implantação desse projeto dutoviário na mitigação das emissões de CO2 e na redução do custo de transporte. Os resultados indicam que a implantação plena dessa alternativa logística apresenta potencial para reduzir em 14% as emissões de CO2 e gerar uma economia de R$ 136 milhões por ano, no custo de transporte de etanol. O ferramental desenvolvido contribui para avaliar o impacto econômico e a mitigação de GEE causada por novas infraestruturas de transporte.
Downloads
Referências
Andriolli, M. (2009) Análise de viabilidade econômico-financeira de alcoodutos no Brasil. Universidade de São Paulo, Piraci-caba. Obtido de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-14042009-160143/.
ANFAVEA. (2018) Anuário da Indústria Automobilística Brasileira. Obtido de http://www.anfavea.com.br/anuarios.html.
ANP. (2016a) Vendas de derivados de petróleo e etanol. Obtido de http://www.anp.gov.br/dados-estatisticos.
ANP. (2016b) Relação de bases de distribuição de combustíveis líquidos autorizadas a operar. Obtido 2 de abril de 2017, de www.anp.gov.br/wwwanp/?dw=35226.
ANTT. (2016) Declaração de Rede. Obtido 20 de junho de 2017, de http://www.antt.gov.br/fer rovi-as/Declaracao_de_Rede_Geral.htmla.
APAS. (1996) Transport Estrategic Modelling. Luxemburgo.
Avileis, F. G. (2014) Impactos da logística na precificação do etanol: um estudo de caso sobre a dutovia. Piracicaba. Obtido de http://esalqlog.esalq.usp.br/.
BOVOLENTA, F. C., e BIAGGIONI, M. A. M. (2016) Diagnóstico energético de rotas de escoamento do etanol da região centro-oeste do brasil para exportação. Engenharia Agrícola, 36(3), 408–419. DOI:10.590/1809-4430.
Branco, J. E. H., Branco, D. H., Aguiar, E. M. de, Caixeta Filho, J. V., e Rodrigues, L. (2019) Study of optimal locations for new sugarcane mills in Brazil: Application of a MINLP network equilibrium model. Biomass and Bioenergy, 127, 105249. DOI:10.1016/j.biombioe.2019.05.018.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. (2013) Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por Veículos Automotores Rodoviários.
BRASIL. Ministério da Agricultura, P. e A. S. de P. e A. D. de C. e A. (2016) Produção Brasileira de Etanol. Obtido 11 de fevereiro de 2018, de http://www.agricultura.gov.br/assuntos/sustentabilidade/agroenergia/arquivosproducao/PRODUOBRASILEIRADEETANOLatualizadoem19062018.pdf.
BRASIL. Ministério de Minas e Energia. (2018) Programa Renovabio. Obtido 21 de junho de 2018, de http://www.mme.gov.br/web/guest/secretarias/petroleo-gas-natural-e combustiveis-renovaveis/programas/renovabio/principal.
Brassolatti, T. F. Z., Hespanho, A. P., Costa, M. A. B., e Brassolatti, M. (2017) Etanol de Primeira e Segunda Geração. Revista In-terdisciplinar de Tecnologias e Educação, 2(1), 1–9.
Costa, W. R. (2013) Capacidade estática para etanol dos Portos Brasileiros: Santos e Paranaguá. Piracicaba.
DEPARTAMENTO HIDROVIÁRIO. (2009) “Hidroanel Metropolitano & Dinamização da Hidrovia Tietê - Paraná”. São Paulo.
Carmo, V. B. (2013) Avaliação da Eficiência Energética Renovável de Biomassas Alternativas para Geração de Eletricidade. Faculdade de Engenharia Química, Universidade Estadual de Campinas.
EPE. (2017) Balanço Energético Nacional 2017: Ano base 2016. Rio de Janeiro. Obtido de https://ben.epe.gov.br/downloads/Relatorio_Final_BEN_2017.pdf
ESALQ-LOG. (2017) Consumo de combustível no transporte rodoviário.
Friesz, T. L., Tobin, R. L., e Harker, P. T. (1983) Predictive intercity freight network models: the state of the art. Transportation Research Part A: General, 17(6), 409–417. DOI:10.1016/0191-2607(83)90161-9.
Garrido, R. A., e Mahmassani, H. S. (2000) Forecasting freight transportation demand with the space-time multinomial probit model. Transportation Research Part B: Methodological, 34(5), 403–418. DOI: 10.1016/S0191-2615(99)00032-6.
LOGUM. (2017a) Quem somos. Obtido de http://www.logum.com.br/php/quem-somos.php.
LOGUM. (2017b) Sistema Logístico de Etanol. Obtido 15 de junho de 2017, de http://www.logum.com.br/php/o-sistema-logum.php.
Macedo, I. C. (2007) Situação atual e perspectivas do etanol. Estudos avançados, 21(59), 157–165.
Milanez, A. Y., Nyko, D., Garcia, J. L. F., e Xavier, C. E. O. (2010) Logística para o etanol: situação atual e desafios futuros. BNDES Setorial, 31, 49–98.
MME - Ministério de Minas e Energia. (2018) Programa Renovabio. Obtido 21 de junho de 2017, de http://www.mme.gov.br/web/guest/secretarias/petroleo-gas-natural-e combustiveis-renovaveis/programas/renovabio/principal.
NOVACANA. (2017) Etanol (Álcool): tudo sobre esse biocombustível. Obtido 21 de junho de 2017, de https://www.novacana.com/etanol/.
Pinheiro, M. A. (2012) Estimativa da redução das emissões gases de efeito estufa através da intermodalidade no setor sucro-energético: uma aplicação de programação linear. Universidade de São Paulo, Piracicaba. Obtido de http://www.teses.usp.br/teses /disponiveis/11/11132/tde-31052012-085545/.
Rodrigues, S. B. M. (2007) Avaliação das alternativas de transporte de etanol para exportação na região Centro-Sul. Universidade de São Paulo, São Carlos. Obtido de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18144/tde-07042008-114034/.
SECEX. (2016) Aliceweb. Obtido de http://aliceweb.mdic.gov.br/.
SIFRECA. (2017) Fretes rodoviários de etanol - 2016.
Silva, R. F. da, Péra, T. G., Bacchi, D. B., Caixeta-Filho, J. V., e Cugnasca, C. E. (2013) Modelo matemático de transporte para ava-liação dos ganhos econômicos no transporte hidroviário e dutoviário de etanol. Congresso de Pesquisa e Ensino em Transportes (ANPET) (p. 15–27). Belém. Obtido de http://www.anpet.org.br/ssat/interface/content/autor/trabalhos/publicacao/2013/440_AC.pdf.
UNICA. (2017) RenovaBio: Cenários e Simulação de Impacto. Obtido de http://www.unica.com.br/renovabio/.
Vaz, A. V., Oliveira, K. N., e Damasceno, P. E. (2005) O modal dutoviário: análise da importância e considerações sobre suas principais características. Fortaleza.
Xavier, C. E. O. (2008) Localização de tanques de armazenagem de álcool combustível no Brasil: aplicação de um modelo matemático de otimização. Universidade de São Paulo, Piracicaba. Obtido de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-17072008-152340/.
Alessandri, A., A. Di Febbraro, A. Ferrara and E. Punta (1998) Optimal Control of Freeways via Speed Signalling and Ramp Metering. Control Engineering Practice, v. 6, n. 6, p. 771–780. DOI: 10.1016/S0967-0661(98)00083-5.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Ao submeter um manuscrito para publicação neste periódico, todos os seus autores concordam, antecipada e irrestritamente, com os seguintes termos:
- Os autores mantém os direitos autorais e concedem à Revista TRANSPORTES o direito de primeira publicação do manuscrito, sem nenhum ônus financeiro, e abrem mão de qualquer outra remuneração pela sua publicação pela ANPET.
- Ao ser submetido à Revista TRANSPORTES, o manuscrito fica automaticamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e da publicação inicial neste periódico.
- Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento da publicação inicial nesta revista, desde que tal contrato não implique num endosso do conteúdo do manuscrito ou do novo veículo pela ANPET.
- Os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) depois de concluído o processo editorial. Como a Revista TRANSPORTES é de acesso livre, os autores são estimulados a usar links para o site da Revista TRANSPORTES nesses casos.
- Os autores garantem ter obtido a devida autorização dos seus empregadores para a transferência dos direitos nos termos deste acordo, caso esses empregadores possuam algum direito autoral sobre o manuscrito. Além disso, os autores assumem toda e qualquer responsabilidade sobre possíveis infrações ao direito autoral desses empregadores, isentando a ANPET e a Revista TRANSPORTES de toda e qualquer responsabilidade neste sentido.
- Os autores assumem toda responsabilidade sobre o conteúdo do trabalho, incluindo as devidas e necessárias autorizações para divulgação de dados coletados e resultados obtidos, isentando a ANPET e a Revista TRANSPORTES de toda e qualquer responsabilidade neste sentido.