Crítica aos modelos de inferência estatística na análise dos determinantes das desigualdades na acessibilidade
DOI:
https://doi.org/10.58922/transportes.v32i3.2972Palavras-chave:
Desigualdades na acessibilidade. Modelos de inferência estatística. Análise de causalidade.Resumo
O diagnóstico estratégico das desigualdades socioespaciais na acessibilidade utiliza comumente ferramental de modelagem estatística para analisar causalidade. Porém, os modelos de regressão linear formulados podem não ser adequados, gerando viés nas estimativas e erros na interpretação dos efeitos causais. Portanto, o objetivo deste trabalho é criticar os modelos estatísticos que analisam as relações de causa-efeito entre as restrições dos subsistemas de uso do solo e transportes com os níveis de acessibilidade no planejamento urbano estratégico. Para isso, foram utilizados dados de Fortaleza para se exemplificar os problemas que podem ocorrer ao se realizar um diagnóstico sem estabelecer os possíveis caminhos indiretos entre a acessibilidade e suas restrições, não considerando as fontes de endogeneidade. Foi possível constatar que a análise de fenômenos complexos através de regressão linear pode se beneficiar da utilização de diagramas causais, possibilitando um melhor entendimento dos caminhos causais entre as variáveis, com o controle adequado da endogeneidade.
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