Esqueletização multiescala para análise de forma de agregados
DOI:
https://doi.org/10.14295/transportes.v23i2.788Palavras-chave:
esqueletização multiescala, forma, agregados.Resumo
A forma dos agregados minerais afeta várias propriedades das misturas asfálticas, dentre elas a resistência à de-formação permanente e à fadiga. A forma está diretamente relacionada com as proporções geométricas dos agregados. Vários são os métodos laboratoriais utilizados para determinar a forma dos agregados, mas frequentemente eles são trabalhosos e, por vezes, subjetivos. Neste trabalho, é apresentado o método de esqueletização multiescala para determinação das caracte-rísticas de forma dos agregados. Este método é simples de ser executado, e os resultados são de fácil entendimento. Neste método, as partículas são reduzidas a uma estrutura mais simples, chamada de esqueleto, em diferentes níveis de detalhamento (limiares). Dois tipos de agregados foram utilizados, basalto e seixo, com graus de esfericidade de 0,77 e 0,87, respectiva-mente, segundo a tabela Rittenhouse. As imagens dos agregados foram obtidas através de um scanner. Os esqueletos das imagens dos agregados foram obtidos utilizando a transformada distância, e os modelos de classificação foram obtidos a partir dos esqueletos por meio dos descritores de forma: raios médios, variância, número de ramos, tamanho do maior ramo e esfericidade. O melhor nível de detalhamento do esqueleto foi obtido empregando o valor de limiar igual a 5. O modelo de classificação apresentou 97% de acurácia quando empregado utilizando o algoritmo IBk. Este elevado índice de acerto de-monstra a robustez do método de esqueletização para a determinação e a classificação dos agregados quanto à forma.
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