Procedimento para avaliação da resiliência de sistemas de transportes
DOI:
https://doi.org/10.14295/transportes.v28i3.2038Palavras-chave:
Resiliência. Sistemas de Transportes. Indicadores.Resumo
Neste trabalho, propõe-se uma medida de resiliência de sistemas de transportes, que está relacionada à capacidade destes em reduzir o impacto na movimentação de pessoas em uma cidade após um evento, climático ou causado pelo homem, que gere perturbações em partes destes sistemas. Uma interrupção dos serviços, em um determinado modo de transportes, sobrecarrega outros modos que, não tendo capacidade de absorver, impactam a mobilidade na cidade, gerando grandes inconvenientes para a população. Nesse contexto, indicadores e índices representam um importante instrumento de monitoramento do nível de resiliência. Assim, o objetivo deste artigo consiste no desenvolvimento de um procedimento para caracterização do nível de resiliência da rede de transportes de uma cidade, que contempla os diferentes modos de transporte oferecidos na cidade e compara as resiliências das zonas da cidade. Para confirmar a aplicabilidade do procedimento desenvolvido, a cidade do Rio de Janeiro é selecionada para estudo de caso.
Downloads
Referências
Adams, T. M.; K. R. Bekkem e E. J. Toledo-Durán (2012) Freight Resilience Measures. Journal of Transportation Engineering, v. 138, n. 11, P. 1403–1409. DOI:10.1061/(ASCE)TE.1943-5436.0000415
Adjetey-Bahun, K.; B. Birregah; E. Châtelet e J. L. Planchet (2016) A model to quantify the resilience of mass railway transportation systems. Reliability Engineering & System Safety, v. 153, p. 1–14. DOI:10.1016/j.ress.2016.03.015
Allen, B.; D. Liu e S. Singers (1993) Accessibility Measures of U.S. Metropolitan Areas. Transportation Research Part B: Methodological, v. 278, n. 6, p. 439–449. DOI:0191-2615/93
Arcidiacono, V.; G. P. Cimellaro; A. M. Reinhorn e M. Bruneau (2012) Community resilience evaluation including interdependencies. 15th World Conference on Earthquake Engineering. Sociedade Portuguesa de Engenharia Sismica, Lisboa, POR. Disponível em: http://www.iitk.ac.in/nicee/wcee/article/WCEE2012_5532.pdf. (Acesso em 01/01/2017).
Ázaro, É. S. (2017) Resiliência dos Serviços de Ônibus Urbanos a Inundações: Uma Proposta de Indicador para a Cidade do Rio de Janeiro. Dissertação (Mestrado em Ciências) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Programa de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE), Engenharia de Transportes. Disponível em : http://www.pet.coppe.ufrj.br/index.php/pt/producao-academica/dissertacoes/2017/341-resiliencia-dos-servicos-de-onibus-urbanos-a-inundacoes-uma-proposta-de-indicador-para-a-cidade-do-rio-de-janeiro. (Acesso em 06/08/2018).
Azolin, L. G. e A. N. R. Silva (2019) O Transporte Público em uma Estratégia de Avaliação da Resiliência na Mobilidade Urbana. 33o Congresso de Pesquisa e Ensino em Transporte da ANPET.
Balal, E.; G. Valdez; J. Miramontes; M. Mercado e R. L. Cheu (2017) Urban Transportation Network Resilience: Comparative Evaluation of Measures. TRB 2017 Annual Meeting. Transportation Research Board, Washington, D.C.
Beiler, M. O.; S. Mcneil; D. Ames e R. Gayley (2013) Identifying Resiliency Performance Measures for Megaregional Planning Case Study of the Transportation Corridor Between Boston, Massachusetts, and Washington, DC. Transportation Research Record, v. 2397, p. 153–160. DOI:10.3141/2397-18
Bruneau, M.; S. E. Chang; R. T. Eguchi; G. C. Lee; T. D. O’rourke; A. M. Reinhorn; M. Shinozuka; K. Tierney; W. A. Wallace e D. Von Winterfeldt (2003) A Framework to Quantitatively Assess and Enhance the Seismic Resilience of Communities. Earthquake Spectra, v. 19, n. 4, p. 733–752. DOI:10.1193/1.1623497
Cartalis, C. (2014) Toward resilient cities – a review of definitions, challenges and prospects. Advances In Building Energy Research, v. 8, n. 2, p. 259–266. DOI:10.1080/17512549.2014.890533
Chan, R. e J. L. Schofer (2016) Measuring Transportation System Resilience : Response of Rail Transit to Weather Disruptions. Natural Hazards Review, v. 17, n. 1, p. 1–8. DOI:10.1061/(ASCE)NH
Chen, L. e E. Miller-Hooks (2012) Resilience: An Indic ator of Recovery Capability in Intermodal Freight Transport. Transportation Science, v. 46, n. 1, p. 109–123. DOI:10.1287/trsc.1110.0376
Comfort, L. (1999) Shared Risk: Complex Systems in Seismic Response. Pergamon, New York.
Cox, A.; F. Prager e A. Rose (2011) Transportation security and the role of resilience: A foundation for operational metrics. Transport Policy, v. 18, n. 2, p. 307–317. DOI:10.1016/j.tranpol.2010.09.004
D’Lima, M. e F. Medda (2015) A new measure of resilience: An application to the London Underground. Transportation Research Part A: Policy and Practice, v. 81, p. 35–46. DOI:10.1016/j.tra.2015.05.017
Donovan, B. e D. B. Work (2017) Empirically quantifying city-scale transportation system resilience to extreme events. Transportation Research Part C: Emerging Technologies, v. 79, p. 333–346. DOI:10.1016/j.trc.2017.03.002
Faturechi, R. e E. Miller-Hooks (2014) Measuring the performance of transportation infrastructure systems in disasters: A comprehensive review. Asce Journal of Infrastructure Systems, v. 21, n. 1, p. 1–15. DOI: 10.1061/(ASCE)IS.1943-555X.0000212.
Fernandes, V. A.; R. Rothfuss; V. Hochschild; W. R. Da Silva e M. P. S. Santos (2017) Resiliência da mobilidade urbana: uma proposta conceitual e de sistematização. Transportes, v. 25, n. 4, p. 147. DOI: 10.14295/transportes.v25i4.1079
Freckleton, D.; K. Heaslip; W. Louisell e J. Collura (2012) Evaluation of Resiliency of Transportation Networks After Disasters. Transportation Research Record, v. 5, p. 109–116. DOI:10.3141/2284-13
Godschalk, D. R. (2003) Urban Hazard Mitigation: Creating Resilient Cities. Natural Hazards Review, v.4 , n. 3, p. 136–143. DOI:10.1061/(ASCE)1527-6988(2003)4:3(136)
King, D. e A. Shalaby (2016) Performance Metrics and Analysis of Transit Network Resilience in Toronto. TRB 2016 Annual Meeting. Transportation Research Board, Washington, D. C.
Leu, G.; H. Abbass e N. Curtis (2010) Resilience of ground transportation networks: A case study on Melbourne. 33rd Australasian Transport Research Forum. World Transit Research, Canberra.
Martins, M e A. Silva (2018) Uma estratégia para avaliação da resiliência na mobilidade urbana. Transportes, v. 26, n. 3, p. 75–86. DOI: 10.14295/transportes.v26i3.1625
Meerow, S.; J. P. Newell e M. Stults (2016) Defining urban resilience: A review. Landscape and Urban Planning, v. 147, p. 38–49. DOI: 10.1016/j.landurbplan.2015.11.011
Mileti, D. (1999) Disasters by Design: A Reassessment of Natural Hazards in the United States. Joseph Henry Press, Washington, D. C.
Murray-Tuite, P. M. (2006) A comparison of transportation network resilience under simulated system optimum and user equilibrium conditions. Proceedings - Winter Simulation Conference (p. 1398–1405). Institute of Electrical and Electronics Engineers, Monterey. DOI:10.1109/WSC.2006.323240
Omer, M.; A. Mostashari e R. Nilchiani (2013) Assessing resilience in a regional road-based transportation network. International Journal of Industrial and Systems Engineering, v. 13, n. 4, p. 389–408. DOI: 10.1504/IJISE.2013.052605
Ortiz, D.; L. Ecola e H. Willis (2009) Adding Resilience to the Freight System in Statewide and Metropolitan Transportation Plans: Developing a Conceptual Approach.
Pant, S. B. (2012) Transportation Network Resiliency : A Study of self-Annealing. Utah State University. Disponível em: https://digitalcommons.usu.edu/cgi/viewcontent.cgi?referer=&httpsredir=1&article=2435&context=etd. (Acesso em 01/01/2017).
PDTU. (2016) Relatório 13 - Síntese do PDTU. Governo do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro - RJ.
Rose, A. (2004) Defining and Measuring Economic Resilience to Earthquakes. Disaster Prevention and Management, v. 13, n. 4, p. 307–314. DOI:10.1108/09653560410556528
Rose, A. (2007) Economic resilience to natural and man-made disasters: Multidisciplinary origins and contextual dimensions. Environmental Hazards, v. 7, n. 4, p. 383–398. DOI:10.1016/j.envhaz.2007.10.001
Santos, A. S. (2014) A Importância do Setor de Transportes para o Aumento de Resiliência das Cidades frente à Mudança Climática: Uma Proposta de Plano de Ação para a Cidade do Rio de Janeiro. Tese (Doutorado em Ciências) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Programa de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE), Engenharia de Transportes. Disponível em: http://www.pet.coppe.ufrj.br/images/documentos/teses/TESE_ANDREA_SOUZA_SANTOS.pdf. (Acesso em 01/01/2017).
Santos, T. F.; M. A. V. Silva e V. A. Fernandes (2018) Análise da Resiliência Frente a Ausência de Integração Tarifária: O Caso do Município do Rio de Janeiro – Brasil. 32o Congresso de Pesquisa e Ensino em Transporte da ANPET. DOI:10.1017/CBO9781107415324.004
Ta, C.; A. V. Goodchild e K. Pitera (2009) Structuring a Definition of Resilience for the Freight Transportation System. Transportation Research Record, v. 2097, n. 1, p. 19–25. DOI:10.3141/2097-03
Thomé, A. M. T.; L. F. E. Scavarda e A. J. Scavarda (2016) Conducting systematic literature review in operations management. Production Planning & Control, v. 27, n. 5, p. 408–420. DOI: 10.1080/09537287.2015.1129464
Tierney, K. e M. Bruneau (2007) A Key to Disaster Loss Reduction. TR News, 14–18. Disponível em: http://onlinepubs.trb.org/onlinepubs/trnews/trnews250_p14-17.pdf. (Acesso em 01/01/2017).
Timmerman, P. (1981) Vulnerability, Resilience and the Collapse of Society: A Review of Models and Possible Climatic Applications. Environmental Monograph. DOI:10.1002/joc.3370010412
VTPI. (2017) Online TDM Encyclopedia - Evaluating Transportation Resilience. Disponível em: http://www.vtpi.org/tdm/tdm88.htm. (Acesso em 01/01/2017).
Vugrin, E. D.; N. J. K. Brown e M. A. Turnquist (2010) Optimal recovery sequencing for critical infrastructure resilience assessment. Sandia National Laboratories, Albuquerque. DOI:10.2172/1007322
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Ao submeter um manuscrito para publicação neste periódico, todos os seus autores concordam, antecipada e irrestritamente, com os seguintes termos:
- Os autores mantém os direitos autorais e concedem à Revista TRANSPORTES o direito de primeira publicação do manuscrito, sem nenhum ônus financeiro, e abrem mão de qualquer outra remuneração pela sua publicação pela ANPET.
- Ao ser submetido à Revista TRANSPORTES, o manuscrito fica automaticamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e da publicação inicial neste periódico.
- Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento da publicação inicial nesta revista, desde que tal contrato não implique num endosso do conteúdo do manuscrito ou do novo veículo pela ANPET.
- Os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) depois de concluído o processo editorial. Como a Revista TRANSPORTES é de acesso livre, os autores são estimulados a usar links para o site da Revista TRANSPORTES nesses casos.
- Os autores garantem ter obtido a devida autorização dos seus empregadores para a transferência dos direitos nos termos deste acordo, caso esses empregadores possuam algum direito autoral sobre o manuscrito. Além disso, os autores assumem toda e qualquer responsabilidade sobre possíveis infrações ao direito autoral desses empregadores, isentando a ANPET e a Revista TRANSPORTES de toda e qualquer responsabilidade neste sentido.
- Os autores assumem toda responsabilidade sobre o conteúdo do trabalho, incluindo as devidas e necessárias autorizações para divulgação de dados coletados e resultados obtidos, isentando a ANPET e a Revista TRANSPORTES de toda e qualquer responsabilidade neste sentido.